De promessa a problema: como a gestão do feminino transformou o Grêmio em terreno de desconfiança.
- tavernatricolor
- há 3 dias
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Nos bastidores do departamento de futebol feminino do Grêmio, têm surgido relatos cada vez mais frequentes de coisas estranhas, práticas que, no mínimo, levantam sérias preocupações. Supostamente, movimentos abruptos na relação entre atletas, empresários e funcionários do clube criaram um ambiente de desconfiança, especialmente diante de episódios envolvendo a ascensão repentina de determinados agentes, dentro das categorias de base, em detrimento de outros.
Os relatos que recebemos falam que pessoas de dentro do clube estariam indicando e, em certos casos, pressionando atletas da base a trocar de representação para empresários de sua preferência. O cenário teria ganhado força justamente após o chamado Trio Ternura assumir de maneira plena o comando do departamento profissional e da base. Desde então, pessoas reconhecidas pela postura correta e pela ética no trabalho teriam sido afastadas, abrindo espaço para uma dinâmica interna que deixa de priorizar a transparência e o profissionalismo. A troca de pessoas dentro do setor, no lugar de fortalecer o projeto, teria criado um ambiente nebuloso, onde decisões que deveriam ser técnicas passaram a ser vistas sob a sombra de interesses externos e alinhamentos pessoais.
Para um clube com a história, o peso e a responsabilidade do Grêmio, não podemos aceitar que o futebol feminino que já enfrenta desafios estruturais por natureza seja exposto a práticas que comprometem a confiança de atletas, familiares (no caso da base), funcionários e parceiros. O futebol feminino gremista precisa de gestão séria, de relações saudáveis e de um ambiente onde as jogadoras possam evoluir sem interferências indevidas.
Além disso, é impossível ignorar que o desempenho esportivo da equipe ficou muito aquém do que se esperava diante do orçamento colocado à disposição do trio. Os resultados a nível nacional não acompanharam o investimento, (fomos eliminados precocemente de Supercopa, Brasileirão e Copa do Brasil) e quando a performance dentro de campo decepciona ao mesmo tempo em que surgem práticas internas tão preocupantes, o conjunto da obra se torna insustentável. Não é apenas uma questão técnica: é uma questão de gestão e ética. Esses fatores, somados, justificam plenamente a discussão sobre a não permanência das responsáveis pelo departamento, porque um clube do tamanho do Grêmio não pode aceitar uma gestão que compromete tanto o rendimento quanto a integridade do ambiente de trabalho.
A nova gestão do Grêmio não pode permitir que essas distorções continuem. Presidente Ico Roman, basta conversar com qualquer pessoa que realmente acompanha o futebol feminino para saber que a direção do departamento feminino precisar mudar, para enfim termos um projeto sólido com ética, transparência e competência.