NOTA DE APOIO À CAROL FREITAS

A manifestação do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, durante transmissão ao vivo da final do Campeonato Gaúcho Feminino, em tentativa de intimidar a jornalista Carol Freitas, representa um episódio lamentável e incompatível com a postura que se espera de uma liderança esportiva. Em um momento que deveria celebrar a conquista do hexacampeonato pelo Grêmio e exaltar o avanço do futebol feminino no estado, assistimos a uma fala que transfere responsabilidades institucionais e ataca justamente quem tem contribuído de forma concreta para o crescimento da modalidade.

Carol Freitas é uma das vozes mais ativas, qualificadas e comprometidas no desenvolvimento do futebol feminino gaúcho. Sua trajetória é marcada por trabalho sério, cobrança responsável, dedicação cotidiana e uma defesa inegociável da modalidade. Carol impulsiona debates, revela desigualdades estruturais e mantém a pauta viva mesmo quando muitas instituições preferem o silêncio.

A Taverna Tricolor tem posição clara: estamos ao lado de quem constrói. Estamos ao lado de quem trabalha, pesquisa, cobre e luta pelo futebol feminino com seriedade e profundidade. Estamos ao lado de Carol Freitas, cuja atuação já contribuiu mais para o fortalecimento da modalidade do que o esforço de muitas instituições e dirigentes que, historicamente, deveriam assumir esse protagonismo.

A entrevista concedida pelo presidente da federação foi vexatória, descontextualizada e desprovida de responsabilidade institucional, caro presidente, a FGF é uma federação de futebol, não do masculino, mas do futebol como um todo, a responsabilidade é sua, da entidade que você preside e não de empresas de mídias, sejam grandes, pequenas ou da mídia independente. O avanço do futebol feminino não depende de ataques pessoais, mas de planejamento, investimento e comprometimento, coisa que sua entidade está devendo.

Reafirmamos nossa admiração pelo trabalho da Carol Freitas e nossa parceria permanente na busca por um futebol feminino mais forte, respeitado e tratado com a seriedade que merece. O progresso da modalidade exige união, diálogo, responsabilidade e não intimidação e terceirização de deveres. TAVERNA TRICOLOR